quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PSICANÁLISE



Sigmund Freud ,o fundador da psicanálise na passagem do século XIX para o século XX ,afirmava que ao construir sua teoria ele não pretendia formar convicções ,mas estimular o pensamento e derrubar os preconceitos.
As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais. São produtos históricos criados pelos homens, que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do conhecimento.
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica. Freud ousou colocar as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como objetos do estudo científicos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud a criar a Psicanálise. O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica. Freud publicou uma extensa obra, durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. A Psicanálise, enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos. A prática profissional refere-se à forma de tratamento — a Análise — que busca o autoconhecimento ou a cura, que ocorre através desse autoconhecimento.
Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de muitas formas. Usada como base para psicoterapias, aconselhamento, orientação. A Psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência dentre outros temas relevantes a vida moderna.
Compreender a Psicanálise significa percorrer novamente o trajeto pessoal de Freud, desde a origem dessa ciência e durante grande parte de seu desenvolvimento. A relação entre autor e obra torna-se mais significativa quando descobrimos que grande parte de sua produção foi baseada em experiências pessoais, transcritas com rigor em várias de suas obras, como A interpretação dos sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana, dentre outras.
Compreender a Psicanálise significa, também, percorrer, no nível pessoal, a experiência inaugural de Freud e buscar “descobrir” as regiões obscuras da vida psíquica, vencendo as resistências interiores, pois se foi realizada por Freud, não e uma aquisição definitiva da humanidade ,mas tem que ser realizada de novo por cada paciente e por cada psicanalista aplicando assim as teorias ao casos concretos ou seja seu principal objetivo e o de descobrir seu propósito no inconsciente do ser, suas necessidades, complexos, traumas e tudo que perturbe seu equilíbrio emocional, sendo o psicanalista nada mais do que um interprete das necessidades humanas.
  • A GESTAÇÃO DA PSICANÁLISE
Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena, em 1881, e especializou-se em Psiquiatria. Trabalhou algum tempo em um laboratório de Fisiologia e deu aulas de Neuropatologia no instituto onde trabalhava. Por dificuldades financeiras, não pôde dedicar-se integralmente à vida acadêmica e de pesquisador. Começou, então, a clinicar, atendendo pessoas acometidas de “problemas nervosos”. Obteve, ao final da residência médica, uma bolsa de estudo para Paris, onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava as histerias com hipnose. Em 1886, retornou a Viena e voltou a clinicar, e seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos sintomas dos distúrbios nervosos passou a ser a sugestão hipnótica .
Em Viena, o contato de Freud com Josef Breuer, médico e cientista, também foi importante para a continuidade das investigações. Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi significativo. Ana O. apresentava um conjunto de sintomas que a fazia sofrer: paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. Esses sintomas tiveram origem na época em que ela cuidara do pai enfermo. No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e afetos que se referiam a um desejo de que o pai morresse. Estas idéias e sentimentos foram reprimidos e substituídos pelos sintomas.
Em seu estado de vigília, Ana O. não era capaz de indicar a origem de seus sintomas, mas, sob o efeito da hipnose, relatava a origem de cada um deles, que estavam ligados a vivências anteriores da paciente, relacionadas com o episódio da doença do pai. Com a rememoração destas cenas e vivências, os sintomas desapareciam. Este desaparecimento não ocorria de forma “mágica”, mas devido à liberação das reações emotivas associadas ao evento traumático — a doença do pai, o desejo inconsciente da morte do pai enfermo.
Breuer denominou método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas. Freud, em sua Autobiografia, afirma que desde o início de sua prática médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos sintomas.
Freud, em sua Autobiografia, afirma que desde o início de sua prática médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico e, aos poucos ,foi se modificando a técnica de breuer :abandonou a hipnose ,porque nem todos os pacientes se prestavam a ser hipnotizados ;desenvolveu a técnica de concentração ,na qual a rememoração sistemática era feita por meio da conservação normal. E por fim ,acatando a sugestão (de uma jovem) anônima ,abandonou as perguntas –e com elas a direção da sessão –para se confiar por completo a fala desordenada do paciente .
A descoberta do consciente
“Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos
fatos de sua vida interior e exterior...?”, perguntava-se Freud.
O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e era
exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não
significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir a
algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado. Quando Freud abandonou as perguntas no trabalho terapêutico com os pacientes e os deixou dar livre curso às suas ideias, observou que, muitas vezes ,eles ficavam embaraçados, envergonhados com algumas ideias ou imagens que lhes ocorriam. A esta força psíquica que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos “localizam-se” no inconsciente.
Tais descobertas
``(...) constituíram a base principal da compreensão das neuroses e impuseram uma modificação do trabalho terapêutico. Seu objetivo(...) era descobrir as repressões e suprimi-las através do juízo que aceitasse ou condenasse definitivamente o excluído pela repressão .considerando este novo estado de coisas ,Dei ao método de investigação e cura resultante o nome de psicanálise em substituição ao de catártico´´.
  • A ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO
Em 1900, no livro A interpretação dos sonhos, Freud apresenta a
primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da
personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou
instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
• O inconsciente exprime o “conjunto dos conteúdos não presentes no
campo atual da consciência”7. É constituído por conteúdos reprimidos,
que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação
de censuras internas. Estes conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente, ou podem ser genuinamente inconscientes. O inconsciente é um sistema do aparelho psíquico regido por leis próprias de funcionamento. Por exemplo, é atemporal, não existem as noções
de passado e presente.
• O pré-consciente refere-se ao sistema onde permanecem
aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na
consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
• O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao
mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior.
Na consciência, destaca-se o fenômeno da percepção, principalmente a
percepção do mundo exterior, a atenção, o raciocínio.
  • A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE INFANTIL
Freud, em suas investigações dentro da prática clínica sobre as causas e o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria de pensamento se desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, observados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na vida infantil estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais, e confirmava-se, desta
forma, que as ocorrências deste período da vida deixam marcas
profundas na estruturação do ser. As descobertas colocam a
sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência da
sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na
sociedade conservadora da época, pela concepção vigente da infância como “inocente”.
Os principais aspectos destas descobertas são:
• A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o
nascimento, e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias
dominantes.
• O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até
chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de
obtenção do prazer podem estar associadas, tanto no homem como na
mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o
sexo estava associado, exclusivamente, à reprodução.
• A libido, nas palavras de Freud, é “a energia dos instintos sexuais e só
deles” No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo, nos primeiros tempos de vida, tem a função sexual ligada à sobrevivência, e, portanto, o prazer é encontrado no próprio corpo. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo, e há
um desenvolvimento progressivo que levou Freud a postular as fases do
desenvolvimento sexual em: fase oral (a zona de erotização é a boca), fase anal (a zona de erotização é o ânus), fase fálica (a
zona de erotização é o órgão sexual); em
seguida vem um período de latência, que
se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das
atividades sexuais, isto é, há um “intervalo” na evolução da sexualidade.
E, finalmente, na puberdade é atingida a última fase, isto é, a fase
genital, quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no
próprio corpo, mas era um objeto externo ao indivíduo — o outro. Alguns
autores denominam este período exclusivamente como genital, incluindo
o período fálico nas organizações pré-genitais, enquanto outros autores
denominam o período fálico de organização genital infantil.
No decorrer dessas fases, vários processos e ocorrências
sucedem-se. Desses eventos, destaca-se o complexo de Édipo, pois é
em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo.
Acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica. No complexo de Édipo,
a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu
acesso ao objeto desejado. Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe,
escolhendo-o como modelo de comportamento, passando a internalizar
as regras e as normas sociais representadas e impostas pela autoridade
paterna. Posteriormente, por medo da perda do amor do pai, “desiste” da
mãe, isto é, a mãe é “trocada” pela riqueza do mundo social e
cultural, e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem
suas regras básicas internalizadas através da identificação com o pai.
Este processo também ocorre cora as meninas, sendo invertidas as
figuras de desejo e de identificação. Freud fala em Édipo feminino.
  • EXPLICANDO ALGUNS CONCEITOS
é necessário esclarecer alguns conceitos que
permitem compreender os dados e informações colocados até aqui, de
um modo dinâmico e sem considerá-los processos mecânicos
. Além disso, estes aspectos também são postulações
de Freud, e seu conhecimento é fundamental para se compreender a
continuidade do desenvolvimento de sua teoria.
1. No processo terapêutico e de postulação teórica, Freud, inicialmente,
entendia que todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham de fato
ocorrido. Posteriormente, descobriu que poderiam ter sido imaginadas,
mas com a mesma força e consequências de uma situação real.
Aquilo que, para o indivíduo, assume valor de realidade é a realidade
psíquica. E é isso o que importa, mesmo que não corresponda à
realidade objetiva.
2. O funcionamento psíquico é concebido a partir de três pontos de vista:
o econômico (existe uma quantidade de energia que “alimenta” os
processos psíquicos), o tópico (o aparelho psíquico é constituído de
um número de sistemas que são diferenciados quanto a sua natureza
e modo de funcionamento, o que permite considerá-lo como “lugar”
psíquico) e o dinâmico (no interior do psiquismo existem forças que
entram em conflito e estão, permanentemente, ativas. A origem
dessas forças é a pulsão). Compreender os processos e fenômenos
psíquicos é considerar os três pontos de vista simultaneamente.
3. A pulsão refere-se a um estado de tensão que busca, através de um
objeto, a supressão deste estado. Eros é a pulsão de vida e abrange
as pulsões sexuais e as de auto conservação. Tanatos é a pulsão de
morte, pode ser autodestrutiva ou estar dirigida para fora e se
manifestar como pulsão agressiva ou destrutiva.
4. Sintoma, na teoria psicanalítica, é uma produção — quer seja um
comportamento, quer seja um pensamento — resultante de um conflito
psíquico entre o desejo e os mecanismos de defesa. O sintoma, ao
mesmo tempo que sinaliza, busca encobrir um conflito, substituir a
satisfação do desejo. Ele é ou pode ser o ponto de partida da
investigação psicanalítica na tentativa de descobrir os processos psíquicos encobertos que determinam sua formação.
  • A SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO
Ela introduzio os conceitos de id, ego e superego para se referir aos três sistemas de personalidade.
ID: Constitui o reservatório da energia psíquica e onde se localizam as pulsões: a vida e a morte. As características tribuídas ao sistema incosciente. É regido pelo princípio do prazer.
EGO: o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do Id ou do superego.
SUPEREGO: Origina-se com o complexo de Étipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".
SENTIMENTO DECULPA: O indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada que fez ou que não fez e que desejou ter feito. Alguma coisa considerada mápelo ego, mas não necessariamente perigosa ou prejudicfial.
  •  MECANISMOS DE DEFESA
São vários os mecanismos que o indivíduo pode usar para realizar essa deformação de realidade. São processos inconscientes realizados pelo ego, isso é, ocorrem independente da vontade do indivíduo. Ex.: Recalque, Formação reativa, regressão, projeção, racionalização.
  • APLICAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
característica essencial do trabalho psicanalítico é o deciframento do inconsciente e a integração de seus conteúdos na consciência. Isto porque são estes conteúdos desconhecidos e inconscientes que determinam, em grande parte, a conduta dos homens e dos grupos — as dificuldades para viver, o mal-estar, o sofrimento. A finalidade deste trabalho investigativo é o autoconhecimento, que possibilita lidar com o sofrimento, criar mecanismos de superação das dificuldades, dos conflitos e dos submetimentos em direção a uma produção humana mais autônoma, criativa e gratificante de cada indivíduo, dos grupos, das instituições.
Nesta tarefa, muitas vezes bastante desejada pelo paciente, é necessário que o psicanalista ajude a desmontar, pacientemente, as resistências inconscientes que obstaculizam a passagem dos conteúdos inconscientes para a consciência.
A representação social (a idéia) da Psicanálise ainda é bastante estereotipada em nosso meio. Associamos a Psicanálise com o divã, com o trabalho de consultório excessivamente longo e só possível para as pessoas de alto poder aquisitivo. Esta idéia correspondeu, durante muito tempo, à prática nesta área que se restringia, exclusivamente, ao consultório.
Atualmente, e inclusive no Brasil, os psicanalistas estão debatendo o alcance social da prática clínica visando torná-la acessível a amplos setores da sociedade. Eles também estão voltados para a pesquisa e produção de conhecimentos que possam ser úteis na compreensão de fenômenos sociais graves, como o aumento do envolvimento do adolescente com a criminalidade, o surgimento de novas (antigas?) formas de sofrimento produzidas pelo modo de existência no mundo contemporâneo — as drogadições, a anorexia, a síndrome do pânico, a excessiva medicalização do sofrimento, a sexualização da infância. Enfim, eles procuram compreender os novos modos de subjetivação e de existir, as novas expressões que o sofrimento psíquico assume. A partir desta compreensão e de suas observações, os psicanalistas tentam criar modalidades de intervenção no social que visam superar o mal-estar na civilização.
O método psicanalítico usado para desvendar o real, compreender o sintoma individual ou social suas determinações, é o interpretativo. No caso da análise individual, o material de trabalho do analista são os sonhos, as associações livres, os atos falhos (os esquecimentos, as substituições de palavras etc.). Em cada um desses caminhos de acesso ao inconsciente, o que vale é a história pessoal. Cada palavra, cada símbolo tem um significado particular para cada indivíduo, o qual só pode ser apreendido a partir de sua história, que é absolutamente única e singular.

 FREUD ALÉM DA ALMA
O filme ''Freud Além da Alma” se fala que durante um sonho, Freud descobriu seu complexo de Édipo e assim passou a fazer sua auto-análise.
Freud continua tratando da paciente Cecily, antes paciente de Breuer. Abolindo o método hipnótico por opção da própria paciente, Freud a leva a muitas lembranças através da livre associação, em estado plenamente consciente. Cecily fala de seus sonhos e fatos da sua vida, e Freud desvendando, certifica-se que pode chegar ao inconsciente mesmo com o paciente em estado consciente. 

Mais tarde Freud lembra que havia escrito uma vez: "...o falso é às vezes a verdade de cabeça para baixo". Descobre que no universo da fantasia pode estar a realidade. Quando a jovem Cecily dizia que o pai a molestou, na verdade ela queria possuir seu próprio pai. Uma fantasia transportada para a fase adulta, que não sendo trabalhada, tornou-se um recalque. Freud muda sua teoria, chegando a conclusão que a criança também tem seus instintos sexuais desde quando nasce, suprindo suas necessidades alimentares com o leite materno e satisfação de sua sexualidade em sugar o seio da "mãe". Sua mãe ou quem cumpre essa função, é o seu primeiro objeto de desejo.

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