quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O BEHAVIORISMO






O Behaviorismo é o estudo análise do comportamento. Os behavioristas foram os primeiros da ciência do Comportamento estudar e observar os critérios de objetividade, que foram critérios muito importantes para o avanço da Psicologia e para que ele enfim, alcançasse o status de ciência, deixando um pouco de lado a tradição da filosofia. Watson foi o ‘’iniciador’’ desse pensamento.
Apesar do ‘’comportamento’’ ser o objeto da Psicologia, o Behaviorismo vem modificando o sentido desse termo, não o tendo como uma ação isolada de um sujeito e sim como suas atitudes perante a sociedade e o ambiente em que vive.
As formas de interação que o organismo faz as variáveis ambientais que interagem com o sujeito foram chamadas de ‘‘resposta’’ e ‘‘estímulo’’ por razões metodológica e histórica.
Razão metodológica: Analistas experimentais do comportamento tomaram como modo preferencial de investigação o método experimental e analítico. Logo, dividiram o objeto de investigação, chegando a unidades de análise.
Razão histórica: Termos escolhidos e popularizados que foram mantidos posteriormente por outros estudiosos do comportamento, devido ao seu uso generalizado.
A Análise experimental do comportamento
Depois de Watson, B. F. Skinner foi o mais importante dos behavioristas. O pensamento dele tem influenciado muitos psicólogos de vários países onde a psicologia tem penetração, como no Brasil. Essa linha de estudo ficou conhecida como Behaviorismo Radical, termo usado por Skinner, em 1945, para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento por meio de análise experimental do comportamento.
O Comportamento respondente
O comportamento, reflexo ou respondente é o involuntário. Independem de aprendizagem. Ex.: Salivação provocada por uma gota de limão ou lágrimas que escorrem quando cortamos cebola. 
O Comportamento operante
Conjunto de atividades humanas, desde um bebe agarrar um objeto até os mais sofisticados apresentados pelo adulto. Ex.: Tocar um instrumento, chamar um taxi com um gesto de mão.
Leis comportamentais para Skinner, elas verificam como as variações interferem nos comportamentos. Ex.: Ratos de laboratório que são estudados de acordo com estímulos dos profissionais.

Eventos Consequentes – Reforçamento e punição
Ao depender das consequências que produzem no meio ambiente, as ações são mantidas ou não.
Consequências reforçadoras: quando aumentam a frequência de emissão de respostas
Consequências punidoras ou aversivas: diminuem a frequência das respostas que as produziram.
Reforço é toda consequência que, diante uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência da resposta. Pode ser positivo ou negativo
Reforço Positivo: Aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz.
Reforço negativo: Aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua.
No reforço negativo há a esquiva e a fuga. Esquiva: Processo em que os estímulos aversivos condicionados e incondicionados estão separados por um intervalo de tempo apreciável, permitindo que o indivíduo execute um comportamento que previna a ocorrência a magnitude do segundo estímulo.
Fuga: O comportamento reforçado é daquele que termina com um aversivo já em andamento.
A diferença entre os dois é sutil: A esquiva evita o segundo do estímulo antes que ele aconteça. A fuga é o estimulo que já aconteceu.
  • Outros processos formulados pela análise Experimental do Compotamento
 Extinção: Procedimento no qual uma resposta deixa de ser reforçada rapidamente! Com isso, a resposta perderá a força e pode deixar de ser emitida, dependendo do valor e do esforço envolvido.
Ex.: Se a pessoa na qual estamos interessados deixa de nos olhar e passa a nos ignorar, esse interesse passa a desaparecer.
Punição: Também envolve a consequência de uma resposta, quando há a apresentação de um estímilo aversivo ou a remoção de reforçador positivo presente.
Ex.: Obrigava-se o aluno a ajoelhar no milho, a fazer cópias de um mesmo texto várias vezes, receber ‘’reguadas’’, a ficar isolado etc. Tudo isso se não agisse de maneira adequada na sala de aula.
  • Controle de estímulos
 ‘’Se o motorista para ou acelera o ônibus no cruzamento de ruas onde há semáforo que ora está verde, ora vermelho, sabemos que o comportamento de dirigir está sob controle de estímulos.’’
Discriminação: Quando uma resposta mantem-se na presença de um estímulo, mas sofre certo grau de extinção na presença de outro. Assim, esperamos que para o motorista, o sinal tenha sem tornado um estímulo discriminativo para a emissão do comportamento de parar.
Generalização: Um estímulo adquire controle sobre uma resposta  devido ao reforço na presença de um estímulo parecido, mas diferente. Se fossem rosa e vermelho as cores do semáforo, correríamos o risco de os motoristas acelerarem seus veículos no semáforo vermelho, pois poderiam se confundir os estímulos. Coisa que não acontece com o semáforo real, por que verde e vermelho são cores muito distintas.
  •  Behaviorismo: Sua aplicação
Sua aplicação tem sido através da educação e em outras áreas também tem recebido a contribuição de técnicas e conceitos desenvolvidos pelo behaviorismo, como a treinamento e entrevistas de empresas, clinicas psicológicas, trabalho educativo de crianças com necessidades especiais, publicidades, entre outras.

  • LARANJA MECÂNICA
O filme Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) se passa numa sociedade futurística e metafórica na qual percebemos haver várias desordens sociais. Segundo Émile Durkheim, a desordem social deve ser tratada como uma patologia para que não afete a sociedade como um todo. No filme, percebemos instituições como a Família, o Sistema Penitenciário, o Governo e a Polícia como possuidores de inúmeros conflitos que prejudicam o bom funcionamento holístico da sociedade.

O filme conta a história de Alex de Large, um jovem que não estuda, não trabalha e que, juntamente com a sua gang de criminosos, pratica assaltos, estupros e assassinatos. Durkheim parte do princípio de que o homem deixa de ser um simples animal selvagem quando aprende hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver em sociedade.

Alex não aprende a viver de acordo com as normas sociais por ser fruto de uma sociedade doente. Juntamente com o seu bando, Alex pratica uma série de crimes e certa vez é preso e condenado a 14 anos de prisão.

O Estado, numa tentativa de mostrar-se ainda eficaz, lança o método Ludovico que consiste na recuperação de presos para que retornem ao convívio social. A técnica baseia no behaviorismo, um campo da psicologia que afirma, segundo John B. Watson, que o comportamento é condicionado através do estímulo/ resposta, principalmente quando o indivíduo sofre alterações no sintema glandular e locomotor.

Em Laranja Mecânica, Alex é submetido a sessões de tortura que, graças a uma substância que lhe é injetada, o fazem vomitar quando este assiste a cenas de sexo e de violência extrema. As sessões de tortura são repetidas inúmeras vezes até que o organismo de Alex não mais necessite da substância e reaja com náuseas automaticamente quando assiste às cenas.

Tal experimento assemelha-se ao realizado por Ivan Petrovich Pavlov com um cãozinho. Quando avistava a comida, o cachorrinho respondia salivando. Pavlov passou a tocar uma sineta toda vez que alimentava o animal. Depois de determinado tempo, o animal salivava apenas ao ouvir a sineta.

No filme, o Estado faz uma demonstração pública afim de informar à sociedade a eficácia do método utilizado para restabelecer o convío social dos criminosos. Alex ganha, então, a liberdade. Ele retorna para a mesma sociedade patologicamente deficiente de antes.

Émile Durkheim e John B. Watson defendiam a ideia de que o homem era um animal selvagem que aprendia a viver socialmente ao observar o funcionamento das instituições e o comportamento alheio. No entanto, ambos estudiosos afirmavam que todo indivíduo possuía desejos próprios que o distinguiam dos demais indivíduos. E, portanto, Alex, no final do filme, não nos surpreende ao nos reafirmar os seus desejos primitivos.

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